quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Reciclagem

Carlos Gomes (PRB) participa da apresentação de
 guia prático para fechamento de lixões

Encontro reuniu representantes do Poder Público na Câmara dos Deputados

O deputado federal Carlos Gomes (PRB) participou nesta quinta-feira (3) do lançamento da publicação Roteiro para Encerramento de Lixões – Os lugares mais poluídos do mundo. O documento, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), foi distribuído a representantes do Poder Público, em encontro na Câmara dos Deputados.

Para o parlamentar, manter lixões em operação custa três vezes mais do que o valor necessário para dar a finalidade correta aos resíduos no Brasil. “Um desperdício de recursos com gastos para cuidar do meio ambiente e tratar dos problemas de saúde causados pela destinação inadequada”, frisou Gomes, que preside em nível nacional a Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem.

Cerca de 60% das cidades brasileiras encaminham anualmente 30 milhões de toneladas de resíduos para quase 3 mil lixões ou aterros controlados, que ainda existem em todo o país. Se todo esse volume tivesse uma gestão adequada, com prioridade para a recuperação dos materiais descartados, os recursos naturais da Terra teriam tempo de vida útil maior, contribuindo para o não esgotamento dos ecossistemas, que hoje são consumidos à exaustão e de maneira muito acelerada.

Elaborado pela ISWA – Associação Internacional de Resíduos Sólidos e a ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Roteiro para Fechamento de Lixões é um documento inédito que traz dicas práticas no âmbito político, financeiro, social e ambiental para a erradicação dos lixões no Brasil. A proposta do documento é orientar os gestores públicos no processo de encerramento das unidades de destinação inadequada e viabilizar sua substituição por sistemas apropriados.

“A má gestão de resíduos nas cidades traz diversas consequências negativas e um custo muito elevado para as Prefeituras, com prejuízo direto para a saúde da população. Por outro lado, a solução adequada sai mais barato do que permitir que as práticas ilegais continuem a existir. Com o guia, pretendemos alertar a sociedade que os lixões são um caso de emergência ambiental e de saúde pública e fornecer os subsídios para reverter esse quadro”, comenta Carlos Silva Filho, diretor-presidente da ABRELPE.

Os milhares de lixões existentes no Brasil afetam a vida de 76,5 milhões de pessoas e trazem um prejuízo anual para os cofres públicos de mais de R$ 3,6 bilhões, destinados aos cuidados do meio ambiente e ao tratamento de problemas de saúde causados pelos impactos negativos dos lixões. Para dar destinação correta aos resíduos, considerando as indicações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os investimentos necessários não chegam a R$ 1,2 bilhão por ano.

Também participaram do encontro representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério Público, da Confederação Nacional da Indústria e da Confederação Nacional dos Municípios.

Por: Clara Costa – Assessoria de Comunicação da Abrelpe / Colaboração: Jorn. Jorge Fuentes (MTE 16063) - Câmara dos Deputados
Foto: Douglas Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário