sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PROJETO DE LEI

Carne de peixe poderá ser incluída
na merenda escolar

Consumo do pescado diminui risco de doenças

“Consumir pescado é um hábito capaz de melhorar a saúde das pessoas, além de promover um setor que ainda precisa ser valorizado. Para tanto, é necessário estimular o consumo de peixe e seus derivados, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos e beneficiando as famílias que vivem da pesca”. A afirmação é do deputado Carlos Gomes (PPS), que protocolou o Projeto de Lei nº 221/2009, incluindo a carne de peixe do tipo pescada no cardápio da merenda escolar da rede pública estadual de ensino.

O deputado também cita a grande quantidade de minerais, entre eles o cálcio, fósforo, iodo e cobalto, além das vitaminas A, D e B, que fazem do peixe um item importante no prato de crianças e adolescentes, podendo substituir a carne vermelha. Além disso, o pescado contém ômega 3, um tipo de gordura bastante benéfica à saúde, diminuindo o risco de doenças cardíacas. Também ajuda no desenvolvimento cerebral e na regeneração das células nervosas, e a gordura do pescado auxilia, ainda, no tratamento da pressão alta, na coagulação do sangue, na proteção da pele contra raios ultravioleta e contra inflamações. “Por tantos motivos, o peixe é considerado um excelente alimento para o desenvolvimento escolar de crianças e adolescentes, especialmente por garantir o ferro protegendo do risco de anemia”, enfatiza Carlos Gomes.

Outro aspecto do projeto diz respeito aos criadores de peixe e pescadores. Dados apresentados pelo parlamentar dão conta de que no Rio Grande do Sul 25 mil famílias tiram da pesca o seu sustento. No setor de criação de peixes em cativeiro, dados da Emater revelam que na região Noroeste, onde se localiza um dos principais pólos, são 47 municípios envolvidos nesse tipo de atividade, com 6,5 mil produtores, 8,2 mil açudes dos quais são retiradas 3,7 mil toneladas de pescado por ano.

Carlos Gomes acredita que deve haver estimulo para que a população consuma mais peixe. “Os brasileiros ainda consomem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para que aconteça a diversificação do consumo no mercado interno é preciso uma ação educativa de divulgação de suas qualidades e estímulo ao consumo. Entendemos também que cabe a cada Estado da Federação fazer a sua parte rumo à conquista deste importante passo em benefício do setor pesqueiro e da saúde de nossas crianças e adolescentes”, finaliza o deputado.

Por: Neiva Alves / Assembleia Legislativa - MTB 6064

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