Merenda escolar terá carne de peixe
a partir do ano que vem
Todo o valor nutritivo do pescado estará presente na refeição de crianças e adolescentes das escolas gaúchas. A Assembleia Legislativa aprovou hoje, por unanimidade, o Projeto de Lei 221/2009, do deputado Carlos Gomes (PRB), o qual inclui a carne do tipo pescada no cardápio da merenda da rede pública estadual de ensino.
O parlamentar considera o alto benefício do alimento para o desenvolvimento escolar, especialmente porque o pescado garante o ferro, protegendo os alunos do risco de anemia. A nova lei, que depende da sanção da governadora Yeda Crusius para entrar em vigor, também pretende alcançar pescadores e criadores de peixe. Atualmente, há mais de 25 mil famílias no Rio Grande do Sul que tiram da pesca o seu sustento.
No setor de criação de peixes em cativeiro, dados da EMATER revelam que na região Noroeste, onde se localiza um dos principais pólos, são 47 municípios envolvidos nesse tipo de atividade, com 6,5 mil produtores, 8,2 mil açudes dos quais são retiradas 3,7 mil toneladas de pescado por ano. As espécies mais difundidas são as carpas, com 90% da preferência dos criadores, seguidas pelas tilápias, tidas como ideais para o clima subtropical, além dos jundiás.
Para Carlos Gomes, consumir pescado é um hábito não só capaz de melhorar a saúde das pessoas, mas também de promover um setor que ainda precisa ser valorizado. O parlamentar também chama a atenção para a necessidade de estímulo para que a população consuma mais o alimento. “Os brasileiros ainda consomem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Para que aconteça a diversificação do consumo são necessárias ações educativas para divulgação de suas qualidades. Cabe a cada estado brasileiro fazer a sua parte rumo à conquista desse importante passo em benefício do setor pesqueiro e da saúde de nossas crianças e adolescentes”, defende o deputado.
O consumo de pescado no Brasil
Os números da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), ligada ao Poder Executivo Federal, declaram a necessidade de mudanças na mesa do brasileiro. Embora o país conte com uma costa marítima de aproximadamente 8,5 mil quilômetros de extensão, o consumo de peixe é menos que a metade do recomendado. Em média, o brasileiro consome 7 Kg de pescado anualmente, segundo dados da Seap, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica quase o dobro, 12 Kg por pessoa.
Por que o peixe faz bem à saúde
* A grande quantidade de minerais, entre eles o cálcio, fósforo, iodo e cobalto, além das vitaminas A, D e B, fazem do peixe um item importante no prato de crianças e adolescentes, podendo substituir a carne vermelha.
* O pescado contém ômega 3, um tipo de gordura bastante benéfica à saúde, diminuindo o risco de doenças cardíacas.
* A carne de peixe ajuda no desenvolvimento cerebral e na regeneração das células nervosas.
* A gordura do pescado auxilia no tratamento da pressão alta, na coagulação do sangue, na proteção da pele contra raios ultravioleta e contra inflamações.
Por: Jorn. Karine Bertani / Assembleia Legislativa MTB/RS 9427
Fonte: Seap