sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dia Nacional dos Surdos


Em 2012, Carlos Gomes e Cristian Strack iniciaram uma grande mobilização na Assembleia Legislativa gaúcha contra o fechamento das classes e escolas bilíngues para Surdos e em defesa das instituições escolares que tenham a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como primeira língua. 

Já foi mostrado em pesquisas que é muito alta a evasão do aluno surdo que, além de não dispor de recursos financeiros, é colocado entre alunos ouvintes. Infelizmente, esta é a realidade dos Surdos em nosso Estado. 


Outra situação que precisa ser enfrentada é a dos alunos nômades, que precisam ir de cidade em cidade em busca de melhores condições de escolarização. 

No Brasil, as crianças que são diagnosticadas como surdas não recebem visitas em casa. É como um atendimento clínico, no qual a criança é quem precisa se deslocar. O resultado disso é que essas crianças chegam na escola despreparadas para apreender os conteúdos.

Melhorar esta situação é uma caminhada difícil, pois ainda não foi realizado um levantamento do número real de surdos, nem do índice de evasão no Ensino Médio e EJA. O atendimento nas escolas é precário e o Poder Público não investe em capacitação dos professores.

São propostas de Cristian Strack e de Carlos Gomes:

- Formação de um grupo de trabalho envolvendo diversos segmentos do Governo e sociedade para sistematizar discussões mundiais, no Brasil e no Estado.

- Lutar pela organização e normatização da educação para surdos.

- Buscar políticas de estímulo às potencialidades das crianças surdas e de valorização da Cultura Surda.

- Incluir a disciplina de Libras nos currículos escolares.

- Buscar caminhos para instituir Curso de Libras como parte obrigatória da formação de professores.

- Criação de políticas públicas de Trabalho e Saúde voltadas à população Surda.

Somos todos diferentes. E todos iguais! Iguais na luta, iguais na certeza de que cada gaúcho e gaúcha merece estudar, trabalhar, crescer, ser feliz. 

Nas mãos dos surdos, uma porta para o mundo. Nas mãos de todos, o futuro da nossa gente.

Cristian Strack representa as mãos limpas que queremos na política. Natural de Canoas, é professor de Letras e Libras, graduado pela Universidade Federal de Santa Maria. Atua no magistério há 17 anos.

Cristian já tem reconhecida a sua luta pela qualidade da educação na rede de ensino pública, especialmente em defesa das classes bilíngues para surdos. Sua trajetória de vida também é marcada por ações em promoção do esporte e da cidadania de surdos.

Foi diretor de esportes da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos e representante gaúcho no Conselho Nacional de Educação. É integrante da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos aqui no Rio Grande do Sul.

A igualdade precisa ser real: precisa ser vivida, precisa ser praticada, precisa ser sentida. E essa caminhada é de todos nós.


O trabalho do intérprete de LIBRAS é um elo para a promoção da democracia.


Por solicitação de Cristian Strack, o deputado Carlos Gomes apresentou na Assembleia Legislativa projeto de lei que propõe a obrigatoriedade da inclusão de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) em repartições públicas estaduais. A inserção de tradutor deverá valer para todos os setores públicos de atendimento aos cidadãos e serviços burocráticos. 

O projeto de Carlos Gomes será levado adiante por Cristian a partir de 2015, quando o representante da comunidade surda assumirá uma cadeira de deputado estadual com o apoio de todos nós.

A proposição pretende promover a cidadania surda, a integração entre surdos e ouvintes nas repartições e, principalmente, garantir o acesso a serviços prestados pelo Poder Público. 

Cristian Strack e Carlos Gomes compartilham a mesma convicção: é preciso não só oferecer acessibilidade aos cidadãos que procuram departamentos públicos em busca de serviços, mas assegurar o direito dos surdos de ocupar esses espaços, pois muitas vezes percebemos que o ambiente os marginaliza pela dificuldade de interação.







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