quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Consciência Negra

Xandão Gomes defende inserção dos negros
nos espaços de poder


 Vereador eleito de Viamão representou comunidade evangélica na abertura da 3ª Semana da Consciência Negra da Assembleia Legislativa gaúcha

O vereador eleito de Viamão Xandão Gomes (PRB) participou da solenidade de abertura da programação da 3ª Semana da Consciência Negra da Assembleia Legislativa. O republicano foi convidado para representar as lideranças evangélicas na cerimônia realizada nesta quarta-feira (14), no Teatro Dante Barone, que reuniu parlamentares, representantes de entidades e comunidade.

"Somos irmãos aos olhos de muitos credos. Mas a cor da pele ainda é motivo de exclusão, de humilhação, de diferenciação", declarou Xandão.  O presidente do PRB de Viamão destacou sua satisfação em ter sua atuação comunitária reconhecida pelos viamonenses no último pleito. "Fui indicado pelo meu partido, e recebi o voto de confiança de homens e mulheres de bem - negros, pardos, brancos, mestiços. Porque sou um cidadão que tem uma ideologia, uma história de vida, um trabalho realizado que teve aprovação pública", lembrou.

Xandão também fez referência ao fato do Brasil passar a ter um negro como novo presidente da mais alta Corte do País - Supremo Tribunal Federal (STF) -, a partir da posse de Joaquim Barbosa, na próxima semana. "Mas são casos isolados. Se no passado lutamos para eliminar a escravidão, não podemos esquecer que a abolição não promoveu a inclusão automática dos negros em nossa sociedade. Porque nós ainda não conquistamos os espaços de poder em proporção equivalente à nossa representação na população", protestou. 

O vereador eleito de Viamão lembrou os dados do Censo de 2010, que apontam que negros e pardos correspondem a mais de 50% da população. Ele lamentou que negros e pardos ainda são minoria no Congresso Nacional, representando menos de 10% do total de deputados federais. Xandão salientou que o Brasil tem 513 deputados federais, e somente 43 se declaram negros. Dos 81 senadores, apenas dois são negros ou pardos. "Essa realidade se reproduz no Poder Legislativo dos estados e municípios brasileiros. Mudar essa distorção no sistema político cabe à sociedade, às pessoas de todas as cores, idades, e de todos os credos", defendeu.

Jorn. Karine Bertani - MTB 9427
Coordenação de Comunicação PRB/RS
Foto: Jorge Fuentes 

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