Especialistas
divergem sobre a criação do Sistema S da Saúde
Carlos Gomes (PRB) defendeu uma alternativa que preserve a estrutura Sesc/Senac e aumente a participação de trabalhadores do setor no processo de emprego dos recursos por ele arrecadados |
Parlamentares
e representantes da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC) e da Confederação Nacional da Saúde
(CNS) debateram nesta segunda-feira (22), em audiência pública
proposta pelo deputado federal Carlos Gomes (PRB/RS), o projeto de
lei 559/2015, que cria o Serviço Social de Saúde (Sess) e o Serviço
Nacional de Aprendizagem em Saúde (Senass), as instituições
formariam o “Sistema S da Saúde”.
“Avalio
positivamente o encontro. Tenho a convicção de que é possível
construir uma solução que preserve a manutenção dos serviços
prestados à nossa população pelo sistema Sesc/Senac há 70 anos e
promova a maior participação dos trabalhadores da saúde no emprego
dos recursos que o setor arrecada”, planejou o parlamentar, que
pretende intermediar novas reuniões entre a CNC e a CNS para a
elaboração de uma proposta alternativa ao PL 559/2015, de autoria
do deputado federal Jorge Solla (PT/BA).
Posições
antagônicas marcaram as manifestações dos palestrantes durante a
audiência. Na opinião do vice-presidente da CNC e presidente da
Fecomércio de Sergipe, deputado federal Laércio de Oliveira
(SD/SE), a criação do “Sistema S da Saúde” seria uma
irresponsabilidade econômica. “Atualmente, a saúde angaria uma
receita anual de R$ 286 milhões e o custo para o Sesc e o Senac
realizarem todas as ações da área foi de R$ 1,362 bilhão, em
2015. Em quanto tempo os artífices do novo sistema construiriam
redes físicas e tecnológicas como as das duas instituições?”,
ponderou.
Para o
vice-presidente da Confederação Nacional da Saúde (CNS), Marcelo
Moncorvo Brito, o PL 559/2015 não gera quaisquer novos encargos para
o setor privado, nem para o poder público. “Os serviços de saúde
do Brasil somam 274 mil estabelecimentos, empregam 3,6 milhões de
brasileiros e são responsáveis por 9,7% do PIB nacional.
Reivindicamos protagonismo nas ações de saúde pela experiência e
pela expertise que obtivemos ao longo dos anos”, argumentou.
Também
participaram do debate o vice-presidente da CNC e presidente da
Fecomércio de Goiás, José Evaristo Santos; o vice-presidente da
CNC e presidente da Fecomércio no Distrito Federal, Adelmir Santana,
e os deputados federais Alan Rick (PRB/AC), Adelmo Carneiro Leão
(PT/MG), Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), Carmen Zanotto (PPS/SC),
Mandetta (DEM/MS), Marcus Pestana (PSDB/MG) e Rocha (PSDB/AC).
Por: Jorn.
Jorge Fuentes (MTE 16063) - Câmara Federal
Foto: Douglas Gomes
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