terça-feira, 11 de julho de 2017

Audiência Pública

Falta de incentivos fiscais é a principal reclamação
 do setor de reciclagem de pneus no Brasil

Milton Fávaro, Marcelo Rezende, Carlos Gomes, Joel Custodio, Sérgio Sodré e Shorichi Itami

A bitributação de produtos feitos com material reciclado, a falta de linha de créditos para o setor e a dificuldade para obter licenciamento ambiental foram os principais entraves relatados, nesta terça-feira (11), durante audiência pública, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, para tratar da reciclagem de pneus no Brasil.

“O Governo Federal prefere gastar bilhões de reais com o tratamento de doenças como dengue e zikavírus do que oferecer incentivos fiscais para as empresas que transformam pneus, grandes focos de reprodução do mosquito transmissor dessas doenças, em asfalto, pisos e outros artigos”, lamentou o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem e proponente do encontro em Brasília, deputado federal Carlos Gomes (PRB).

Diretor-executivo da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip), Milton Fávaro Junior reclama da falta de um acordo setorial de logística reversa para a área. “O pneu poderia ser um novo alumínio, material que tem índice de reaproveitamento próximo a 100%, pela quantidade de subprodutos que ele gera. É preciso promover a existência e a melhoria da reciclagem de pneus em todas as regiões do Brasil”, destacou, ao lembrar que em muitos locais o produto é descartado inadequadamente em razão da inexistência de empresas do setor.

Carlos Gomes comprometeu-se em articular a aproximação de todos os atores do ramo com a União para a construção de um acordo que ofereça estímulo econômico para o mercado da reciclagem de pneus. Também participaram do encontro diretor-executivo da empresa Ecotires, de Faxinal do Soturno no Rio Grande do Sul, Sérgio Sodré; o diretor-administrativo da Strasse Reciclagem de Pneus, Joel Custodio; o gerente-geral da Racri Indústria de Reciclagem, de Betim-MG, Marcelo Rezende, e os sócios-proprietários da Progomme Indústria de Resíduos de Borracha, Shirochi Itame e Valdomira Kuniyoschi.


Texto e foto: Jorn. Jorge Fuentes (MTE 16063)
Câmara Federal

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