Falta
de incentivos fiscais é a principal reclamação
do setor de reciclagem de pneus no Brasil
do setor de reciclagem de pneus no Brasil
Milton Fávaro, Marcelo Rezende, Carlos Gomes, Joel Custodio, Sérgio Sodré e Shorichi Itami |
A bitributação de produtos feitos com material reciclado, a falta
de linha de créditos para o setor e a dificuldade para obter
licenciamento ambiental foram os principais entraves relatados, nesta
terça-feira (11), durante audiência pública, na Comissão de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados,
para tratar da reciclagem de pneus no Brasil.
“O Governo Federal prefere gastar bilhões de reais com o
tratamento de doenças como dengue e zikavírus do que oferecer
incentivos fiscais para as empresas que transformam pneus, grandes
focos de reprodução do mosquito transmissor dessas doenças, em
asfalto, pisos e outros artigos”, lamentou o presidente da Frente
Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem e proponente
do encontro em Brasília, deputado federal Carlos Gomes (PRB).
Diretor-executivo da Associação Brasileira de Importadores e
Distribuidores de Pneus (Abidip), Milton Fávaro Junior reclama da
falta de um acordo setorial de logística reversa para a área. “O
pneu poderia ser um novo alumínio, material que tem índice de
reaproveitamento próximo a 100%, pela quantidade de subprodutos que
ele gera. É preciso promover a existência e a melhoria da
reciclagem de pneus em todas as regiões do Brasil”, destacou, ao
lembrar que em muitos locais o produto é descartado inadequadamente
em razão da inexistência de empresas do setor.
Carlos Gomes comprometeu-se em articular a aproximação de todos os
atores do ramo com a União para a construção de um acordo que
ofereça estímulo econômico para o mercado da reciclagem de pneus.
Também participaram do encontro diretor-executivo da empresa
Ecotires, de Faxinal do Soturno no Rio Grande do Sul, Sérgio Sodré;
o diretor-administrativo da Strasse Reciclagem de Pneus, Joel
Custodio; o gerente-geral da Racri Indústria de Reciclagem, de
Betim-MG, Marcelo Rezende, e os sócios-proprietários da Progomme
Indústria de Resíduos de Borracha, Shirochi Itame e Valdomira
Kuniyoschi.
Texto e foto:
Jorn. Jorge Fuentes (MTE 16063)
Câmara Federal
Nenhum comentário:
Postar um comentário