Carlos Gomes quer debater a
reciclagem no Congresso Nacional
Republicano (E) é eleito presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem |
A diminuição da carga tributária para estimular o consumo de
produtos reciclados foi defendida por especialistas no ato de
instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cadeia
Produtiva da Reciclagem, nesta quinta (9), na Câmara dos Deputados.
No encontro, que reuniu deputados, prefeitos, vereadores e membros de
entidades representativas, o deputado Carlos Gomes (PRB/RS) foi
eleito presidente do colegiado e nomeou vice-presidentes os deputados
Valmir Prascidelli (PT/SP), Tia Eron (PRB/BA), Jozi Rocha (PTB/AP) e
Geovânia de Sá (PSDB/SC).
“O lixo é uma matéria-prima valiosa que não pode mais ser
ignorada, pois quanto mais se deixa de utilizá-la, maior é a
demanda por recursos naturais. Nosso objetivo é buscar caminhos para
explorar o potencial econômico da reciclagem, que é um grande vetor
de desenvolvimento sustentável”, apontou Carlos Gomes. O
parlamentar ressaltou que o colegiado deverá trabalhar para agilizar
a votação de projetos sobre o tema em tramitação no Congresso
Nacional – atualmente são 62, além de buscar ideias em países
onde a reciclagem é referência.
O setor movimenta aproximadamente R$ 12 bilhões por ano. Ainda
assim, o país perde até R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar
os resíduos que são encaminhados aos aterros ou lixões, segundo um
estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente. De acordo com o
documento, somente 8% dos municípios brasileiros investem na
reciclagem. “O produto reciclado no Brasil ainda é muito caro. É
preciso subtrair impostos para incentivar o consumo de recicláveis e
aquecer a cadeia”, defendeu o diretor administrativo da Ecobrasil
Editora, André Assi.
O deputado republicano César Halum (PRB/TO) elogiou a iniciativa de
Carlos Gomes em promover o debate no Parlamento. “Precisamos apoiar
os pequenos municípios. Em 2010, foi sancionada a lei 12.305, que
previa o fim dos lixões, mas a norma já foi prorrogada por mais
cinco anos e os prefeitos não conseguem cumpri-la. Não adianta só
fazer as leis, é preciso dar condições para que elas sejam
executadas”, salientou. O deputado é autor do Projeto de Lei
5646/2013, que institui incentivo tributário na aquisição de
máquinas e equipamentos destinados ao processamento de resíduos
sólidos.
Para a deputada Tia Eron (PRB/BA), o Congresso precisa criar
mecanismos para melhorar as condições de trabalho dos catadores.
“Na região nordeste são aproximadamente 400 mil trabalhadores da
coleta que vivem na informalidade. É um problema que precisa ser
enfrentado, pois a categoria contribui social, econômica e
ambientalmente para as comunidades”.
Por: Jorn. Jorge Fuentes (Assessoria de Comunicação
deputado Carlos Gomes) e Monica Donato (Assessoria de Comunicação
Liderança do PRB na Câmara Federal)
Fotos: Douglas Gomes
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