Carlos Gomes é contra a prorrogação dos contratos de concessão de rodovias no Estado
Matéria publicada na edição de 28 de março de 2012 do Jornal do Comércio Editoria: Política, página 21 |
Mais de 30 deputados são contra a prorrogação
Às 17h56min, uma assessora da bancada do PT deixou o plenário da Assembleia Legislativa, a passos largos, em direção ao Departamento de Assessoramento Legislativo, quando faltavam quatro minutos para se encerrar o expediente do setor.
Ela estava incumbida de protocolar o projeto de lei - assinado por 31 deputados estaduais do PT, PDT, PTB, PCdoB, PRB, DEM, PMDB e PPS - propondo a proibição da renovação dos contratos dos sete polos de pedágios concedidos a empresas privadas em 1998, que vencem em 2013.
De acordo com o deputado Raul Pont (PT), os parlamentares pretendiam fazer um ato simbólico no momento da entrega do projeto, mas a demora na discussão da primeira matéria da ordem do dia acabou impedindo a iniciativa.
O petista se referia à proposta do Executivo que amplia o efetivo da Brigada Militar no Estado, criando 628 cargos de bombeiros, que começou a ser discutida por volta das 15h e se arrastou até quase 18h, obrigando o líder do governo, deputado Valdeci Oliveira (PT), a pedir prorrogação da sessão.
Por mais de uma vez, deputados da base aliada reclamaram que os discursos da oposição não tinham nada a ver com a matéria em votação, pois, na maior parte das falas, discutiu-se o não pagamento do piso nacional do magistério pelo Estado.
Quando a apreciação da proposta do governo estadual foi concluída e aprovada por 52 votos a zero, o deputado Raul Carrion (PCdoB) dirigiu-se a algumas dezenas de servidores do Corpo de Bombeiros que lotavam um dos lados das galerias do plenário: “Isso foi só para castigar vocês; foram três horas discutindo o sexo dos anjos”, resumiu, com humor.
O grupo carregava faixas pedindo a aprovação do projeto e a desvinculação da Brigada Militar, e demonstrava impaciência com o fato de as discussões não estarem focadas no texto apreciado.
Após o encerramento da sessão, deputados de quase todas as bancadas se reuniram para uma foto em torno do projeto de lei protocolado minutos antes. Pont afirmou que a proposta não tem o caráter de confrontar o Executivo, mas denota a soberania do Parlamento gaúcho.
“Estamos sinalizando que a Assembleia Legislativa reconhece que esse modelo de pedágios é prejudicial à economia e à população do Estado”, resumiu. As bancadas do PSDB, PP e PSB não subscreveram a proposição.
De acordo com o deputado Miki Breier (PSB), a iniciativa é desnecessária. “Temos o compromisso do secretário (estadual de Infraestura e Logística) Beto Albuquerque (PSB) e do governador Tarso Genro (PT) de não renovar as concessões. Não podemos ficar fazendo projeto de lei para cada contrato firmado pelo Executivo”, disparou.
Assinaram o documento a totalidade das bancadas do PT e do PDT, além de Raul Carrion (PCdoB), Carlos Gomes (PRB), Álvaro Boessio (PMDB), Paulo Odone (PPS) e Paulo Borges (DEM). No PTB, o único parlamentar que não subscreveu a proposta foi Marcelo Moraes. Vários parlamentares aderiram durante a sessão de ontem.
Ela estava incumbida de protocolar o projeto de lei - assinado por 31 deputados estaduais do PT, PDT, PTB, PCdoB, PRB, DEM, PMDB e PPS - propondo a proibição da renovação dos contratos dos sete polos de pedágios concedidos a empresas privadas em 1998, que vencem em 2013.
De acordo com o deputado Raul Pont (PT), os parlamentares pretendiam fazer um ato simbólico no momento da entrega do projeto, mas a demora na discussão da primeira matéria da ordem do dia acabou impedindo a iniciativa.
O petista se referia à proposta do Executivo que amplia o efetivo da Brigada Militar no Estado, criando 628 cargos de bombeiros, que começou a ser discutida por volta das 15h e se arrastou até quase 18h, obrigando o líder do governo, deputado Valdeci Oliveira (PT), a pedir prorrogação da sessão.
Por mais de uma vez, deputados da base aliada reclamaram que os discursos da oposição não tinham nada a ver com a matéria em votação, pois, na maior parte das falas, discutiu-se o não pagamento do piso nacional do magistério pelo Estado.
Quando a apreciação da proposta do governo estadual foi concluída e aprovada por 52 votos a zero, o deputado Raul Carrion (PCdoB) dirigiu-se a algumas dezenas de servidores do Corpo de Bombeiros que lotavam um dos lados das galerias do plenário: “Isso foi só para castigar vocês; foram três horas discutindo o sexo dos anjos”, resumiu, com humor.
O grupo carregava faixas pedindo a aprovação do projeto e a desvinculação da Brigada Militar, e demonstrava impaciência com o fato de as discussões não estarem focadas no texto apreciado.
Após o encerramento da sessão, deputados de quase todas as bancadas se reuniram para uma foto em torno do projeto de lei protocolado minutos antes. Pont afirmou que a proposta não tem o caráter de confrontar o Executivo, mas denota a soberania do Parlamento gaúcho.
“Estamos sinalizando que a Assembleia Legislativa reconhece que esse modelo de pedágios é prejudicial à economia e à população do Estado”, resumiu. As bancadas do PSDB, PP e PSB não subscreveram a proposição.
De acordo com o deputado Miki Breier (PSB), a iniciativa é desnecessária. “Temos o compromisso do secretário (estadual de Infraestura e Logística) Beto Albuquerque (PSB) e do governador Tarso Genro (PT) de não renovar as concessões. Não podemos ficar fazendo projeto de lei para cada contrato firmado pelo Executivo”, disparou.
Assinaram o documento a totalidade das bancadas do PT e do PDT, além de Raul Carrion (PCdoB), Carlos Gomes (PRB), Álvaro Boessio (PMDB), Paulo Odone (PPS) e Paulo Borges (DEM). No PTB, o único parlamentar que não subscreveu a proposta foi Marcelo Moraes. Vários parlamentares aderiram durante a sessão de ontem.
Matéria publicada na edição de 28 de março de 2012 do jornal Zero Hora Editoria: Coluna Rosane de Oliveira, página 10 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário