Imunidade
tributária a templos religiosos é
aprovada
pela Comissão de Serviços Públicos
Os deputados integrantes da Comissão de Segurança e Serviços
Públicos da Assembleia Legislativa aprovaram, nesta quinta-feira
(8), por 7 votos a zero, o parecer favorável ao projeto de lei
45/2011, que proíbe o repasse da cobrança de Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas contas relativas a
serviços públicos estaduais a templos de qualquer culto no Rio
Grande do Sul. A proposição, de autoria do deputado Carlos Gomes
(PRB), contempla a imunidade de ICMS nas contas de luz e telefone.
“Essa medida deverá reduzir em
25% os custos dessas contas para as igrejas”, prevê o parlamentar.
De acordo com ele, o objetivo é garantir o cumprimento do
estabelecido na Constituição Estadual e na alínea b do inciso VI
do art. 150 da Constituição Federal. O projeto assegura que o
patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades
essenciais das entidades mantenedoras desses templos religiosos não
sejam gravados por impostos de competência da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
O parecer do relator Adilson Troca
(PSDB) julgou oportuno o acolhimento da proposição de Carlos Gomes,
chamando a atenção para os “relevantes serviços sociais
promovidos pelas diversas religiões que trabalham pelo crescimento
espiritual de seus membros com impacto positivo em toda a sociedade”.
Além de considerar a legislação que disciplina a matéria, o
parecer citou estudos sobre violência carcerária, os quais apontam
relação direta entre a prática religiosa e a queda nos índices de
criminalidade, inclusive no ambiente interno da penitenciária,
permitindo a ressocialização de egressos do sistema penal. Para
Adilson Troca, a garantia de um melhor desempenho financeiro deverá
traduzir-se em ações sociais efetivas, atendendo, prioritariamente,
as populações mais carentes.
Carlos Gomes ressalta que o Supremo
Tribunal Federal (STF) tem julgado improcedentes as demandas de
inconstitucionalidade interpostas por diversos Estados contra a
matéria. A proposição já é lei em outros estados brasileiros,
além de tramitar em diversas casas legislativas. Para entrar em
vigor no Rio Grande do Sul, o projeto ainda depende de votação em
plenário e sanção do governador.
Por: Jorn. Karine Bertani - MTB 9427 - Assembleia Legislativa RS
Foto: Marcelo Bertani - Agência ALRS
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