quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Porto Alegre

Lixo é trocado por alimentos na Ilha da Pintada

Autor de iniciativas em defesa do setor pesqueiro,
Carlos Gomes participou da entrega de cestas básicas aos pescadores


Carlos Gomes faz entrega de alimentos a famílias de pescadores

A Colônia de Pescadores Z5, da Ilha da Pintada, anunciou há pouco a retirada de quase 25 toneladas de detritos dos rios do arquipélago do Delta do Jacuí por meio do projeto Pescando Lixo, promovido pela Colônia com o apoio da concessionária Concepa, da Sociedade dos Mineradores de Areia do Rio Jacuí (Smarja) e da Prefeitura de Porto Alegre. Pneus, móveis e garrafas plásticas encabeçaram a lista dos materiais mais coletados durante o mutirão que mobilizou 114 barcos desde segunda-feira (28). O projeto promovido anualmente pela Colônia Z5 tem por objetivo chamar a atenção da comunidade para a importância da preservação das águas.

DMLU retirou o lixo coletado pelas 114 embarcações
Autor de iniciativas em defesa do setor pesqueiro, o deputado Carlos Gomes participou, com o prefeito José Fortunati, da entrega dos alimentos às famílias de pescadores que participaram do projeto. “Participo da campanha desde a sua primeira edição, em 2008, e a cada ano o volume de lixo coletado é maior. É sinal que ainda temos um longo caminho a percorrer rumo à conscientização sobre a responsabilidade de cada um na preservação dos rios”, observou o parlamentar. Enquanto os detritos coletados pelos pescadores eram retirados por trabalhadores do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), as famílias dos trabalhadores da pesca receberam alimentos. “Nenhum pescador quer um rio sujo para pescar. Da mesma forma, a comunidade não pode aceitar que as águas sigam poluídas afetando animais e plantas”, alertou o presidente da Federação dos Pescadores do Estado do Rio Grande do Sul, Vilmar Coelho.

No evento, foram renovadas carteiras de Aquaviário
Durante o evento, representantes da Marinha do Brasil estiveram na sede da Colônia Z5 fazendo a renovação da Carteira de Aquaviário a pescadores artesanais. Alfredo Gonçalves da Silva, de 90 anos, um dos trabalhadores que recebeu o documento, é o pescador mais antigo em atividade da Ilha. “Aprendi o ofício ainda criança e é a ele que vou me dedicar sempre. Só sei ser pescador, isso é a minha vida”, explicou.

Jorn. Karine Bertani - MTB 9427 / Assembleia Legislativa
Fotos: Adriana Pereira

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