A escola e o respeito às diferenças
Carlos Gomes
A chacina ocorrida numa escola carioca em 7 de abril reacendeu o debate sobre o bullying nas instituições de ensino. Recentemente, apresentei projeto de lei na Assembleia Legislativa gaúcha instituindo o Programa Diversidade na Escola Pública do Rio Grande do Sul. A proposta tem a intenção de levar aos alunos, pais e profissionais de educação noções de diversidade cultural e humana. Ao estimular atividades em sala de aula e a interação com a comunidade por meio de palestras e visitas, a intenção do PL 103/2011 é promover o respeito e a compreensão para com todos os grupos sociais, econômicos, étnicos, políticos e culturais existentes na sociedade.
O projeto considera diversidade o conjunto de características de natureza social, cultural, étnica, comportamental, física, religiosa, de gênero, idade, situação financeira e outras peculiares a certos indivíduos e grupos que se diferenciam de padrões e estereótipos adotados como predominantes ou superiores na sociedade. A proposição também prevê a orientação a profissionais de educação, alunos e familiares sobre como agir diante de eventuais atitudes de preconceito que possam sofrer ou presenciar.
Lembremos que é na família e na escola que se constrói o cidadão, com valores e princípios que servirão de base para toda a vida. É necessário, portanto, aprimorar esse processo, promovendo o debate sobre o valor da diversidade, o reconhecimento das diferenças entre pessoas e culturas, assim como a importância de respeitá-las. Do contrário, tragédias como a de Realengo continuarão, lamentavelmente, a estampar as manchetes dos jornais.
* deputado estadual
Artigo publicado na edição de 14/04/2011 do jornal Correio do Povo - página 2 - Editoria Opinião
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